sábado, 20 de outubro de 2007

Velório

Vc já foi a um velório?
Ontem fui a um velório de um colega da facu...(que morreu de parada cardíaca) e lá no velório todos comentavam “ninguém esperava, ontem mesmo ele estava tão alegre” e o que mais me deixa “perdido” é um comentário de um amigo “Tiago para morrer basta estar vivo, qq hora vc pode morrer... pode cair da moto (não sei pq mas todos tem que lembrar esse fato de toda hora ter acidentes com motoqueiros), pode topar em uma pedra no chão e cair e bater a cabeça e tal...”, mas tudo bem, não tenho medo de morrer, mas também não tenho muito pressa, mas é muito paia ter alguém próximo de vc em um dia e no outro...

Mas voltando ao velório... lá vi muitos dos seus colegas da faculdade, do trabalho, familiares, pessoas que eu conhecia e nem sabia se são amigos ou familiares dele.

Depois disso comecei a viajar e a pensar... e o meu velório? Como vai ser? Será se vai ser na PAXUNIÃO? Ou vai ser em casa mesmo? E a pergunta que não parei de pensar... Será se vai ter muita gente (não que eu seja popular... mas falo com um monte de gente)? Já havia pensando nisso em outra oportunidade, só que ontem não deixava de parar de pensar... será se aquele meu melhor amigo da faculdade vai estar lá? E aquela turma das antigas que sempre que eu vejo passo meia hora conversando, marcamos sair, mas depois do encontro repentino nada de contato... será se aquele meu parente que mora tão longe vem? Já escutei em alguns velórios (não sou muito freqüentador, mas sempre escuto) estão só esperanto os parentes de ... chegar para enterrar o corpo... mas na “pior” das hipóteses não vo sentir falta de ninguém mesmo...

Detalhes, se minha família tiver condição quero ser cremado, tenho medo do medico dizer que estou morto e eu querer ressuscitar... não vo gostar nada de acordar em uma caixa fechada...

Se puder quero doar todos os meus órgãos e não quero ser enterrado de terno. Se não for pedir muito seria bem legal com a bandeira da minha amada ordem do lado e a de meu reverenciado estado do outro...

Acho que já escrevi besteira de mais por um dia, já to começando a ficar doido...

Qualquer coisa aparece lá no meu velório... “Ficarei feliz” com sua visita e tenho certeza que vai ter um cafezinho com bolo, talvez um refrigerante e uns salgadinhos, vai ser bem legal...
Depois de tudo se puder tomar uma cerveja bem gelada com a galera e “falar bem de mim” ficarei grato.

Tiago Iglesias

sexta-feira, 19 de outubro de 2007


CONTRAPONTO

O Contraponto é um campo do movimento estudantil universitário que congrega estudantes de faculdades e universidades públicas e privadas de todas as regiões do país.

O campo Contraponto nasceu da confluência de militantes do movimento estudantil que, em sua grande parte, organizavam-se no campo Kizomba. Por uma avaliação de que a Kizomba não mais atendia aos desafios colocados para o movimento estudantil e por diferenças na avaliação conjuntural do momento (meados de 2003), decidir formar um campo que disputasse a conjuntura e o movimento estudantil brasileiro.

Neste campo, apresentamos propostas mais claras e combativas, avaliando as diferenças que hoje se afastam da nova Kizomba, como a avaliação do atual governo e as formulações e disposição de luta contra essa reforma universitária.

Os princípios são:
  • Lutar na defesa de um movimento estudantil democrático e de lutas; *Estar ao lado dos movimentos sociais;
  • Defender a Universidade pública e gratuita;
  • Disputar a UNE para que essa entidade seja autônoma e combativa;

Estes foram alguns dos pontos que deram e dão sentido à existência deste campo.
Esse movimento acredita e defende que o movimento estudantil insere-se na lógica dos movimentos sociais, e é portanto, um instrumento estratégico na luta por uma nova sociedade, igualitária, democrática, livre das opressões e preconceitos que fazem da nossa vida uma mercadoria.

Está ao lado daqueles e daquelas que não se entregam à lógica neoliberal, que faz do Brasil e do mundo desiguais e injustos.

A opção da contraponto é de classe, e não simplesmente de movimento; extrapola os muros da universidade, discute e propõe um novo mundo. Para isso, a defesa de um movimento estudantil democrático, plural e combativo se faz necessária.

Não tem novidade: os sonhos são mesmo os mais velhos da humanidade. Por uma vida melhor. Acredita-se que deve-se resistir e trilhar os caminhos da beleza, da esperança e do ideal. Ousar não se entregar, seguir fazendo o Contraponto necessário à esta sociedade de explorad@s e de explorador@s.